jul 08 2020 Cantor Carlos Alberto, ‘Rei do Bolero’, morre em Juiz de Fora Autoria: Redação | Fotos: Divulgação Notícia que tanto abalou seus admiradores foi o falecimento do cantor Carlos Alberto, ocorrida nesta terça-feira (7), em Juiz de Fora. Tão infausto acontecimento ocorreu na Santa Casa daquela cidade mineira, nosocômio onde se achava internado desde a semana passada. Em Três Rios, era chamado de Nuno Soares, seu verdadeiro nome de batismo. Ia completar suas 87 primaveras em 29 de setembro, e vai deixar saudades entre seus numerosos fãs, não só de Três Rios, como de todo o Brasil e toda a América Latina, onde realizou temporadas pelos mais diversos países. Foi uma carreira admirável, sendo considerado o cantor que mais se dedicou a cantar boleros no país. Além disso, foi o recordista de vendas da gravadora CBS. Carlos Alberto que, atualmente, morava numa chácara na cidade de Matias Barbosa, ainda realizava poucos shows, sendo que no último deles, esteve cantando no Sesc, de Três Rios, atendendo inúmeras solicitações dos moradores da cidade que o adotou como filho querido. Muito amoroso, deixa viúva a esposa, filhos e quatro netos. Bela história de vida Nuno Soares (Astolfo Dutra, 29 de setembro de 1933), mais conhecido como Carlos Alberto, foi um cantor, violonista e compositor brasileiro, que mudou-se para Três Rios no ano de 1948, para trabalhar como balconista na antiga Casas Pernambucanas, que era localizada na antiga Praça Oscar Weinchenck, hoje Praça da Autonomia. Graças a uma promoção criada pelo seu antigo gerente, Juarez Kalim Salomão, denominada “Na compra de R$20 mil réis, (moeda da época) terá direito a um cupom”. O ganhador era premiado com uma seresta na sua casa. O cantor era Nuno Soares, nome de registro do futuro artista. Os anos iam se passando, com as serestas que ficaram famosas. As más línguas afirmavam que sua voz era uma réplica do famoso Lucho Gatica. A fama começou a se espalhar, até que um dia Maurício Farah, trirriense que era diretor do Flamengo, se dispôs a apresentá-lo na gravadora CBS (Columbia Broadcasting), que ficava no Rio, na rua Visconde de Rio Branco, próximo à Praça Tiradentes. Para sua melhor apresentação, seu antigo chefe, Juarez, ofereceu-lhe roupas sociais e lá foi ele para conquistar uma das mais lindas e produtivas carreiras do mundo fonográfico. Suas apresentações encontraram enorme sucesso nos programas de rádio e de TV, o que o levou a ser cognominado como “Rei do Bolero”. Na década de 70, quando eu exercia cargo executivo na Prefeitura de Três Rios, tive a oportunidade de organizar um grupo cultural para representar o município no Programa “Cidades Contra Cidades”, do apresentador Mauro Montalvão, na antiga TV Tupi ,muito gentilmente, ele se ofereceu para participar, junto com o violonista e escultor Osorinho, Celso e Célio Barbosa e alguns outros e acabamos recebendo o troféu de campeões do evento. Carreira vitoriosa Tornou-se conhecido na década de 1960, quando ganhou a alcunha de "Rei do Bolero", dada por Chacrinha. Seus maiores sucessos foram Sabe Deus, Aquece-me Esta Noite, Ilumina-me Senhor e Lado a Lado, entre outras, tendo uma marca de aproximadamente 800 músicas pelas gravadoras CBS (Columbia do Brasil S/A), Som Livre, Continental, Rca, Vitor e Cid, onde fez parte do cast na década de 1960.